O teste HumanGuide®, desenvolvido por Rolf Kenmo em 1999 na Suécia, tem por objetivo determinar o perfil da personalidade por meio da apreensão da estrutura de necessidades pulsionais do respondente, ou seja, do perfil motivacional, segundo a teoria de Leopold Szondi.
Acreditando ser a teoria de Szondi bastante útil para explicar o comportamento humano e, principalmente, a sua motivação no contexto da atividade profissional, Kenmo procurou desenvolver um instrumento de avaliação do perfil motivacional, que contemplasse os fundamentos
da teoria das pulsões. Visava ao desenvolvimento de indivíduos, equipes e organizações a partir do autoconhecimento, do conhecimento recíproco e da busca de concordância entre o perfil pessoal e o perfil de exigência profissional, do ponto de vista da personalidade,
concebido por Martin Achtnich.
Traduziu a terminologia psicopatológica de Szondi e os códigos alfabéticos dos fatores de necessidades pulsionais do BBT de Achtnich para conceitos que expressassem os oito fatores pulsionais concebidos por Szondi. Conservou sua característica bipolar, lhes atribuiu uma
conotação positiva e de saúde e procurou torná-los compreensíveis e acessíveis também ao público leigo (respondentes e profissionais de Recursos Humanos, chefias).
Partindo da premissa de que o desenvolvimento pessoal passa necessariamente pelo autoconhecimento, Kenmo buscou tornar os resultados obtidos no HumanGuide® o mais simples e menos herméticos possíveis, para que aquele que se submeter ao teste e recebesse o resultado,
pudesse se beneficiar do conhecimento dos seus pontos fortes e fracos, ou merecedores de desenvolvimento, como prefere chamá-los.
Embora o Teste de Szondi e o BBT tenham sido construídos como testes projetivos, tendo como estímulos retratos de pessoas ou fotos de profissões, respectivamente, Kenmo preferiu traduzir os fatores em frases no presente do indicativo, optando pela forma de inventário de
escolha forçada. Essa forma de apreensão vai ao encontro dos estudos realizados com o BBT, que sugerem haver correspondência entre a apreensão dos fatores mediante escolhas das fotos e a apreensão dos mesmos fatores por meio de indutores verbais. As respostas ao
HumanGuide® são quantificadas e representadas graficamente, permitindo, também, a realização de análises estatísticas com os dados obtidos.
O HumanGuide® foi introduzido no Brasil no ano 2000, e submetido a estudos de validade e precisão que atestaram sua adequação para uso profissional.
O processo de tropicalização do HumanGuide® durou aproximadamente 10 anos, e culminou na sua aprovação pelo Conselho Federal de Psicologia.
A versão HumanGuide® Brasil, após 10 anos de operação, e com a realização de centenas de milhares testes, está totalmente adaptada à realidade brasileira. Os algoritmos auxiliares conferem robustez aos resultados obtidos e aos filtros utilizados.